Em uma operação que demonstra a crescente intensidade do combate ao tráfico de drogas, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/Ilhéus), em colaboração com a Polícia Civil de Unaí/MG e as Polícias Militares da Bahia, localizou, nesta quarta-feira (18/09), um segundo laboratório de maconha na região de Irecê, na Bahia. Este laboratório se destacou pela produção de maconha gourmet, uma variedade com alto teor de THC, utilizando sementes especiais que provavelmente foram importadas da Europa.
A estrutura do laboratório era impressionante. Contava com um sistema de irrigação motorizada e um grande pavilhão climatizado dedicado ao manejo e secagem da droga. Além da maconha, também era produzido haxixe, um extrato altamente concentrado em THC, extraído dos brotos e flores das plantas cultivadas para esse fim específico.
O que chama atenção é que essa organização criminosa não apenas cultivava, mas também gerenciava toda a cadeia produtiva, desde o plantio até a distribuição final do produto. Com a tecnologia utilizada, estima-se que o local possa produzir até oito toneladas de maconha por hectare, realizando de três a quatro safras anuais. Essa capacidade industrial revela o alto poder financeiro do grupo, que atua na região de Irecê há pelo menos dois anos, abastecendo diversas facções criminosas em outros estados.
A investigação sobre essa organização continuará sob a responsabilidade da FICCO/Ilhéus, que reúne esforços da Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Secretaria de Segurança Pública da Bahia. A produção em larga escala de maconha na região não apenas preocupa as autoridades locais, mas também levanta alarmes sobre a segurança pública em todo o Brasil.
