A partir desta segunda-feira (1º), o novo salário mínimo brasileiro entra em vigor, aumentando de R$ 1.302 para R$ 1.320 por mês, o que representa um acréscimo de R$ 18 ou 1,38%. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou o novo valor em um pronunciamento transmitido nacionalmente no último domingo (30).
Este reajuste terá um impacto significativo nas finanças públicas, estimado em cerca de R$ 7 bilhões por ano, segundo projeções de especialistas. O aumento visa manter o poder de compra dos trabalhadores frente à inflação e também ampliar a base de isenção do Imposto de Renda.
Economistas como Ulisses Ruiz de Gamboa, da Associação Comercial de São Paulo, destacam que o aumento do salário mínimo poderá injetar até R$ 10 bilhões na economia nacional, beneficiando diretamente grupos como beneficiários do INSS, autônomos e empregadores que pagam salários vinculados ao mínimo.
Apesar dos benefícios econômicos previstos, alguns especialistas alertam para possíveis efeitos adversos, como um aumento da inflação ou um estímulo à informalidade no mercado de trabalho. Claudia Moreno, economista do C6 Bank, ressalta que o aumento dos gastos governamentais também precisa ser considerado, já que o salário mínimo serve de base para diversos benefícios sociais e públicos.
Em um contexto de recuperação econômica pós-pandemia, o reajuste do salário mínimo representa não apenas uma política de valorização do trabalho, mas também um impulso para o consumo e a produção de riquezas, conforme analisado por diversos especialistas do setor.