Na tarde de ontem, cerca de vinte membros da Mancha Verde, a maior organizada do Palmeiras, invadiram a Academia de Futebol em um protesto contra o técnico Abel Ferreira e os jogadores. O episódio aconteceu após a derrota do time para o Flamengo e o cenário preocupante da equipe, com o risco de eliminação na Copa do Brasil e a pressão crescente nas competições nacionais e internacionais.
Os torcedores, insatisfeitos com o desempenho do time e a postura do treinador, foram contidos pelos seguranças e, segundo o clube, saíram ameaçando perseguir os jogadores pelas ruas de São Paulo. O incidente gerou um novo embate entre a diretoria e a torcida organizada, refletindo a tensão que marca a atual fase do Palmeiras.
Leila Pereira, presidente do clube, já havia rompido com a Mancha Verde desde o início de seu mandato, em 2022, e havia sido clara em sua postura: protestos são permitidos fora do ambiente do clube, mas não no Centro de Treinamento. Sua decisão de afastar a torcida organizada foi uma tentativa de manter a autonomia administrativa e evitar a influência externa nas decisões do time.
A tensão voltou à tona com a crise técnica que o Palmeiras enfrenta. Jorge Luís, presidente da Mancha Verde, expressou descontentamento com o desempenho do time e o trabalho de Abel, criticando o treinador e certos jogadores em uma entrevista. Ele afirmou que a equipe estava jogando de forma “covarde” e pediu mudanças imediatas na postura dos atletas e na estratégia do treinador.
Enquanto isso, Leila Pereira manteve sua posição firme: não permitirá que a torcida organizada dite as diretrizes do time ou interfira diretamente nas suas decisões. A segurança do clube foi reforçada e a diretoria garantiu que a presença de torcedores organizados no ambiente do treinamento não será tolerada.
A situação gerou um clima de expectativa sobre possíveis novos protestos e sobre como o Palmeiras lidará com a crescente pressão. A segurança será intensificada tanto nos treinos quanto nos jogos para evitar novos confrontos e manter a ordem.
